sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Hoje

Até ao final desta tarde, será aqui publicado um relato dos recentes acontecimentos na Comissão eleitoral das eleições para a OA.

Entretanto, fica a notícia hoje publicada no Público:

Eleições para a Ordem dos Arquitectos correm o risco de ser impugnadas
21.09.2007, Margarida Gomes
Comissão eleitoral ignora parecer jurídico e recusa candidatura do actual presidente, Manuel Vicente


As eleições para presidente da Ordem dos Arquitectos, marcadas para o dia 18 de Outubro, podem vir a ser impugnadas pela candidatura liderada pelo actual presidente, Manuel Vicente.Ao que o PÚBLICO apurou, a comissão eleitoral da Ordem, liderada por Carlos Guimarães, que é também presidente da mesa da assembleia geral, decidiu não aceitar a candidatura de Manuel Vicente, alegando que os estatutos determinam que, "nos cargos do conselho directivo nacional e nos conselhos directivos regionais, não é permitida a reeleição para um terceiro mandato consecutivo nem nos três anos subsequentes ao termo do segundo mandato consecutivo".Ignorando um parecer jurídico que a própria Ordem solicitou ao advogado Sérvulo Correia e que não vê nenhum inconveniente em que Manuel Vicente se candidate, Carlos Guimarães argumentou que o candidato pertence há dois mandatos ao conselho directivo nacional da Ordem, estando, assim, impedido de candidatar-se. Para que a candidatura fosse aceite, Vicente teria de renunciar, sendo substituído por outra pessoa.Rejeitando os argumentos da comissão eleitoral, o arquitecto declara que esta é a primeira vez que se candidata à presidência da OA, um cargo que, refira-se, assumiu recentemente em substituição de Helena Roseta, que renunciou para assumir o lugar de vereadora na Câmara de Lisboa.Em declarações ontem ao PÚBLICO, Vicente aponta o dedo ao presidente da comissão eleitoral, acusando-o de ter dois pesos e duas medidas, numa alusão ao facto de Carlos Guimarães ter acolhido o parecer de Sérvulo Correia relativamente à acumulação de cargos em estabelecimentos de ensino, uma questão que, segundo disse, se coloca em relação às candidaturas dos arquitectos Luís Conceição e de João Belo Rodeia. Segundo os estatutos, "não podem ser candidatos a titular de qualquer órgão da Ordem os titulares de órgão directivo de qualquer estabelecimento de ensino público, particular ou cooperativo que ministre cursos de Arquitectura, qualquer que seja a natureza", mas Sérvulo Correia entende que os titulares naquelas condições podem candidatar-se, desde que, no acto da tomada de posse, renunciem aos cargos directivos.A decisão da comissão eleitoral não foi unânime, tendo votado contra os delegados das candidaturas de Manuel Vicente e de Luís Conceição.O delegado da candidatura de João Belo Rodeia absteve-se.O arquitecto João Afonso, do conselho directivo da OA, confirmou esta decisão, mas negou ter afirmado que o presidente daquela comissão é um dos subscritores da candidatura de Rodeia. "Não faço ideia de quem são os subscritores das candidaturas", disse. Na noite de ontem, realizou-se uma nova reunião entre a candidatura de Manuel Vicente e a comissão eleitoral, considerada fundamental para o desfecho deste caso, que pode vir a acabar no tribunal.

5 comentários:

Anónimo disse...

Só é pena que a notícia do Público não deixe claro que o parecer foi pedido "pela própria Ordem" cujo presidente em exercício, é o beneficiário principal do dito. Ou não é estranho, e pouco claro, que a Ordem solicite e pague um parecer (quanto custou?) antes de haver listas oficialmente conhecidas? Ou fê-lo para prevenir a possibilidade do seu presidente poder vir a acordar com vontade de se (re)candidatar? Não deveria ter sido então a candidatura a que este blogue pertence a pedir e a pagar o referido parecer?

Anónimo disse...

pois, pois... o que a malta gostava mesmo de saber é se é verdade que o carlitos de guimarães não contente com a presidência da comissão eleitoral tambem achou boa ideia subscrever uma das listas, epá esta malta nem ao estalo

Anónimo disse...

Relativamente à notícia do Público de 21 de Setembro de 2007 - “ELEIÇÕES PARA A ORDEM DOS ARQUITECTOS CORREM O RISCO DE SER IMPUGNADAS” - e aos actos que lhe deram origem, a Lista B sente-se no Direito e no Dever de se Manifestar!


1.A nossa Lista candidata-se por conceitos, por princípios, por valores;
2.Não somos candidatos contra ninguém!
3.Acreditamos no acto eleitoral LIVRE e DEMOCRÁTICO, como momento de partilha e confronto de ideias e de opiniões.
4.A possibilidade de que haja UM ÚNICO ARQUITECTO, na plenitude dos seus direitos cívicos e profissionais e das suas capacidades físicas e mentais impedido, burocraticamente, administrativamente, de se submeter livremente a sufrágio inter-paris, seja com base em leis estatutárias mal concebidas, mal redigidas ou mal interpretadas, INCOMODA-NOS e CONFRANGE-NOS!
5.Porque acreditamos e queremos uma Ordem de Valores, uma Ordem para Todos e uma Ordem na Rede, solidarizamo-nos com o Colega Manuel Vicente, com a Lista que ele encabeça e com os seus Apoiantes, na sua indignação, na nossa qualidade de cidadãos livres, de arquitectos e de candidatos aos Órgãos do Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos!


POR UM PROCESSO ELEITORAL LIVRE, TRANSPARENTE, PROPOSITIVO E DEMOCRÁTRICO!

Anónimo disse...

Cara lista B, para haver a exclusão do Manel Vicente também deveriam o Luis Conceição e o Rodeia serem excluidos!!!
As eleições começam logo a mostrar a falta de clareza dos actuais corpos dirigentes.
E se já sabiamos como se beneficiavam a si e aos seus em concursos, cargos públicos e afins, eis que agora somos brindados com a cereja no topo do bolo...
Depois destas ridiculas eleições vou é inscrever-me na ordem espanhola que a custa das minhas cotas estes parasitas não vivem mais.

Anónimo disse...

É espantoso, mas já alguém fez contas de somar???

Se cada um dos candidatos ao CDN, num esquema básico de rotatividade, fizer dois mandatos dá o seguinte:

12 x 2 = 24 mandatos consecutivos

Vocês querem perpetuar-se na Ordem até quando???