Uma coisa eu gosto do Manuel Vicente. Um dia foi a FAUTL falar da Ordem e só disse mal e era Vice-Presidente. O que é que o Arq. Manuel Vicente fez para melhorar a Ordem? Porque é que ele nao se demitiu da Ordem se era contra ela?
Queremos saber isso?
O Arq. Manuel Vicente foi convidado para integrar a equipa que ganhou as eleições para a OA nos dois mandatos mais recentes. O programa dessa canditatura era o desejo de uma equipa e não exclusivamente o desejo do Arq. Manuel Vicente. Não estive presente na FAUTL no episódio mencionado, mas parece-me possível (e legítimo...) terem existido críticas ao programa da OA de então, visto, como disse, esse programa ser o desejo de uma equipa, e não de uma pessoa só. O que o Arq. Manuel Vicente fez para melhorar a OA começa exactamente nesse ponto: a crítica e a pertinência. Aliás, a própria Arq. Helena Roseta disse publicamente, em várias ocasiões, que o contributo do seu Vice-Presidente era louvável "por fazer as perguntas que mais ninguém fazia" e "por inteligentemente desviar a ordem de trabalhos das Assembleias para os problemas prácticos mais pertinentes". O contributo do Arq. Manuel Vicente sempre foi valioso para a equipa a que pertenceu, portanto, não creio haver razão para (sequer) pensar numa eventual demissão. Em qualquer trabalho de equipa existem divergências, mas é para isso que servem as equipas: uns complementam o trabalho dos outros.
O que é que vocês vão fazer em relação aos licenciados que querem entrar na Ordem?
O processo de ingresso à OA encontra-se presentemente bastante simplificado; este foi aliás um dos trabalhos mais importantes do mandato vigente. Consideramos este ponto como estabilizado havendo outras políticas de base (e antes desta) que necessitam de alterações.
Seria também sensato colocar esta mesma questão ao Ministério da Educação.
Qual é a vossa opinião sobre as dezenas de cursos de arquitectura?
Existem qualquer coisa como 35 cursos de Arquitectura em Portugal. A nossa opinião é que são demais, visto que o país não possui uma procura nem de perto equivalente à oferta profissional nesta área. A solução para muitos licenciados em Arquitectura portugueses passa pela deslocação para o estrangeiro para encontrar trabalho na sua área profissional, o que nos leva a estabelecer como uma prioridade a criação de uma rede interactiva de carácter internacional que, entre outras vantagens, permitirá uma melhor defesa dos arquitectos nacionais em países estrangeiros.
Qual é a vossa opinião sobre os 16 mil arquitectos em Portugal?
Qual eh a vossa opiniao sobre os arquitectos desempregados?
Qual eh a vossa opiniao e medidas a tomar em relacao as condicoes de trabalho de muitos jovens arquitectos, membros da Ordem?
Qual eh a vossa opiniao da falta de direitos dos jovens arquitectos?
Seria óptimo se todos encontrassem trabalho. Mas, como assim não acontece, a Ordem passará a funcionar como uma rede interactiva profissional, isto é, para além de estabelecer eventuais parcerias e protocolos com outras entidades de fomentação de emprego (CEFP, IAPMEI, etc.), disponibilizará também serviços personalizados (apoio jurídico/aconselhamento legal, arbitragem de conflitos, seguros, garantias financeiras, mediação contabilística, fundos de arranque para ateliers, como o Microcrédito, a negociar com entidades financeiras públicas e privadas, bolsas, empréstimos bonificados garantidos pela ordem, etc.) além disto será também disponibilizado on-line, um conjunto de documentação essencial para o exercício da profissão (informação técnica continuada, documentação-tipo – cadernos de encargos, modelos de contractos, organização de processos e respectivo seguimento administrativo do “licenciamento”, modelos de organização contabilística, legislação nacional/internacional, informações de concursos, um possível directório nacional de concursos comentado e outras actividades de âmbito profissional).
Por várias vezes, a palavra "estagiário" foi proferida nas discussões levadas a cabo no seio desta candidatura. Consideramos esta componente do programa tão importante como delicada e, por ainda encontrar-se em discussão, adiantaremos as nossas conclusões num futuro próximo.
Gostava que a Ordem fosse uma entidade prática e nao uma entidade judicial...É exactamente esse um dos princípios que levou à hipótese desta candidatura. A aproximação da OA dos seus membros é uma flagrância que será notada caso esta candidatura vença as eleições de Outubro.
Sérgio Xavier
Secretário da candidatura
6 comentários:
Boas respostas, propostas interessantes.
Há aqui uma questão que importa sublinhar: a acção cultural da Ordem é importante, ninguém o nega, mas não é aceitável que os investimentos feitos nessa acção cultural inviabilizem ou limitem a intervenção da Ordem noutros campos.
Um excelente exemplo é o da Trienal de Arquitectura, realizada pela Secção Regional Sul.
Quantas pessoas foram contratadas para realizar esta trienal, entre comissários e novos funcionários da Ordem? E de entre aqueles que já são funcionários ou membros eleitos (pagos), quantos foram direccionados para trabalhar na trienal? Não foram poucos, como imagina o leitor.
Em contrapartida, saberá o leitor quantos funcionários tem a Secção Regional Sul a assegurar o apoio à prática?...
Essa já é mais fácil de responder: apenas 1 (um).
Sobre prioridades, estamos conversados.
Caro Pedro, julgo que mais uma vez não estamos em desacordo. Escrevi este post antes de ler o teu comentário:
http://rb02.blogspot.com/2007/08/eleies-na-ordem-dos-arquitectos-ii.html
Um abraço Manuel!
passem pelo www.na-ordem.blogspot.com....estejam atentos.
Uma instituição, assim como uma candidatura, é apenas e única exclusivamente uma cara? Não deveria de seguir os ideais de Ordem, sem rosto mas sim um grupo de pessoas que tentam melhorar a situação vigente? Devo de ser muito lirica e inocente mas sempre pensei no colectivo e não no individual...
O que me leva a crer que esta candidatura é mais uma volta ao circuito, aonde o rosto se altera mas a velocidade e o conceito é o mesmo.
Neste jardim plantado à beira mar, se temos revistas cor-de-rosa a promover party' people, também tinhamos de ter uma instituição a autopromover-se. O conceito é o mesmo, há quem pague pelas revistas e nós pagamos cotas para publicações e exposições...
Cultura no meu léxico tem um significado muito diferente e em nada se assemelha ao usado pela OA.
M. Irene Torres
Aprendi muito
Por que nao:)
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